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Arquitetos: Arqtipo, Paola Castelnuovo
- Área: 1141 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Federico Kulekdjian
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Fabricantes: Carpinterías CONSTRUSER ALVEAR, Corralón Tramontana AST, Hormigón elaborado ING. CASAS, Hydros, Ladrillos La Marisa, Longvie, Micromac, Pana Iluminación, Sanitarios San Martín
Descrição enviada pela equipe de projeto. O edifício YPY 1731 abriga um complexo habitacional coletivo de onze unidades situado no distrito de San Martin. O edifício está localizado em uma típica quadra residencial de Buenos Aires, e adota a escala do bairro em sua frente e fundos, gerando um grande pátio voltado para o oeste, criando vários planos feitos em tijolo comum para gerar gradientes que respondam aos diferentes usos, privados, semi-públicos e públicos do programa.
Diante de um contexto complexo, as decisões de projeto foram afetadas pelas condições econômicas, que exigem pesquisas morfológicas e tectônicas para a experimentação de materiais. Projetar a interface entre o envoltório máximo e a capacidade construtiva, nos fez refletir sobre as possibilidades de gerar um volume virtual que se abrisse para todos os seus lados.
Configuração. O programa é organizado em cinco pavimentos em dois volumes com um grande pátio onde se articula o bloco central de circulação. Os usos particulares das habitações estão dispostos ao redor deste grande espaço central, e os usos públicos se organizam na frente e fundos. Este volume central articula um sistema de escadas de forma alinhada, com ventilação transversal, e que consegue captar a luz em diferentes momentos do dia. Os apartamentos são combinados entre unidades de uma e duas alturas em todos os níveis. Na parte da frente do pavimento superior há uma unidade de três dormitórios com possibilidade de expansão em terraços.
Materialidade. A estrutura do YPY 1731 é feita em concreto armado com várias tramas feitas em tijolo comum, que envolvem os setores de uso semi-público e privado do edifício. Estes planos de tijolo filtram a luz natural e geram gradientes de privacidade enquanto experimentam incorporar buscas espaciais com base na configuração do material. Estes planos em trama são dispostos para cobrir empenas cegas, bem como para alcançar diferentes níveis de privacidade, luminosidade e opacidade. Contrastando a cor avermelhada do tijolo, foram escolhidos materiais em cinza neutro e branco para o interior. A permeabilidade do material e a incidência de luz ao longo do dia mudam as características espaciais do edifício e seu entorno.
Resultados. A busca por repensar as possíveis configurações dos objetos arquitetônicos através da experimentação de materiais e mistura tipológica, é uma das práticas que são desenvolvidas em constante sinergia e redefinição dentro do estúdio. Acreditamos que as intervenções desenvolvidas são uma oportunidade para rever nossas tecnologias, tornando possível o desenvolvimento de arquiteturas mais heterogêneas, equitativas e inclusivas, que respondem às novas formas de habitar sem renunciar à qualidade espacial.
Há uma busca por coerência entre a configuração volumétrica do edifício e sua resolução tectônica material. A disposição dos planos de tijolos gera entradas de luz em diferentes gradientes e consegue articular espaços privados e semi-públicos, cobertos e descobertos em um ambiente urbano de bairro.